quinta-feira, 10 de junho de 2010

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Talvez eu saiba em algum lugar no fundo de minha alma

Que o amor nunca dura

E nós temos que arranjar outros meios de seguir

Em frente sozinhos ou manter o semblante impassível

E eu sempre vivi assim

Mantendo uma distância confortável

E até agora eu jurei pra mim mesma

Que eu era feliz com a solidão

Porque nada disso nunca valeu o risco

Eu me agarro firme à realidade

Mas não posso deixar o que está aqui diante de mim

Eu sei que vais embora pela manhã, quando acordar

Deixe-me com alguma prova de que isso não foi um sonho.


quarta-feira, 9 de junho de 2010

O que quero


“Quero fazer-me especial e dizer que se não posso ser uma flor para ofertar-te o meu perfume, posso ser uma presença constante, envolvendo-te no mais puro afecto... Se não posso ser a brisa suave das manhãs, desejo ser a inspiração para os teus sonhos de amor...

E, se não possuo o canto delicado de um pássaro, quero cantar para ti a suave melodia da ternura, dedilhada nas cordas mais subtis do coração. Se não sou a água cristalina da fonte, posso ofertar-te um copo de água fresca nos dias de secura e dor. E como não sou um raio de sol, desejo ser uma pequena chama de esperança nas horas da indecisão...

Se não sou a relva verde para atapetar o teu caminho desejo seguir os teus passos, lado a lado, ofertando o meu abraço, por toda a eternidade... Quero ser tanto... e tão pouco que sou...”

DG